O Instrutor e o Aprendizado

Embora existam muitas escolas de pensamento sobre o processo de aprendizagem, existem várias leis aceitas de forma ampla pelos professores, psicólogos, instrutores de cursos livres e docentes em diversos níveis. É importante que o Instrutor saiba de algumas leis, elas nos dão ferramentas para percebermos o processo de aprendizagem relacionado ao ensino.

As Leis do Aprendizado

A lei da primazia ensina que o que foi ensinado tem que estar correto da primeira vez. As primeiras experiências causam uma importante impressão e são usadas como base para tudo o que será ensinado a seguir. “Desensinar” é mais difícil do que ensinar. Não apenas será uma tarefa mais difícil para o instrutor, “desensinar” hábitos ruins e então re-ensinar os corretos, como o aluno perderá a confiança na instrução e sua motivação será impactada. Esta deve ser uma preocupação entre os novos instrutores e entre instrutores e instrutores assistentes, que trabalhem juntos sem estar familiarizados uns com os outros. Instrutores devem evitar contradições, revisando os planos de aula com toda a equipe e treinando os Standards com o material a ser utilizado e tenha certeza de que os mesmos materiais, técnicas e conceitos são ensinados da mesma forma (standard) por todos os envolvidos.

A lei da prontidão simplesmente diz que os indivíduos aprendem melhor quando estão prontos para aprender, ou aprendem menos quando eles não veem razão para aprender. O aluno com uma forte razão para aprender, com um objetivo claro, estará motivado para fazer grandes progressos. Existem muitos obstáculos ao aprendizado durante a instrução e podem ser grandes fatores de distração no processo de aprendizagem. O aluno desconfortável estará mais envolvido em solucionar seus problemas imediatos do que em se concentrar na aula.

A lei do efeito afirma que os alunos aprendem melhor quando eles percebem o material como real e útil. Se o aluno entende a razão, pela qual deve dominar uma técnica e sua aplicação, ele vai querer aprender e aplicará esta técnica para aprendê-la.

A lei do exercício determina que aquelas coisas que são mais repetidas são também as mais lembradas e é a base da prática e repetição.

A mente, apenas após uma exposição, raramente pode reter conceitos complexos e exercitá-los. Nós aprendemos pela aplicação daquilo que nos foi mostrado e explicado; a todo momento que praticamos nós chegamos mais perto de nosso objetivo e o aprendizado continua. Portanto o instrutor deve criar amplas oportunidades para o aluno praticar e repetir os exercícios.

A lei da intensidade simplesmente afirma que um maior aprendizado é promovido quando o instrutor utiliza sua imaginação, tanto quanto possível, ao abordar a realidade durante as apresentações. Apresentações vívidas e excitantes são mais lembradas do que aquelas rotineiras e morosas. Em outras palavras, um aluno aprenderá mais com a realidade do que com um substituto qualquer.

A lei da aprendizagem recente. Coisas aprendidas mais recentemente são melhor lembradas. Reciprocamente, conhecimentos apresentados em momentos mais distantes, especialmente se não excitantes, serão menos lembrados. A lei da aprendizagem recente nos manda introduzir novos conhecimentos assim que eles se tornarem relevantes e úteis. A lei da aprendizagem recente deve impactar a ordem relativa das aulas e exercícios no currículo de seu curso.

O Instrutor Como um Modelo

Independente da agência Certificadora o Instrutor é o único determinante do processo de aprendizagem. Além de montar os planos de aula e exercícios, de acordo com os Standards de sua
certificadora, o instrutor é responsável por ser um provedor exemplo de proficiência, habilidade, confiança e segurança, e os alunos vão imitá-lo em todos os casos.

Os alunos também perderão a confiança nas aulas, se o instrutor utilizar técnicas e habilidades diferentes das ensinadas. Seja consistente com o que você está ensinando. Se realmente existir um método melhor, deixe o aluno descobrir após dominar o básico, ou durante uma instrução mais avançada.