Curso Presencial de SBV

O presencial curso de Suporte Básico de Vida (SBV) para provedores de saúde foi projetado para ensinar habilidades de RCP para vítimas de todas as idades, com diferentes dispositivos de barreiras, com uso de um DEA e com tratamento de OVACE.  Destina-se àqueles que fornecem atendimento de saúde em uma ampla variedade de contextos, tanto hospitalares como extra hospitalares. Esse grupo de provedores de saúde constitui-se (mas não se limita) a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, e outros profissionais relacionados à saúde. Também está dirigido a qualquer pessoa que precise fazê-lo devido a exigência do seu trabalho, como, bombeiros militares tripulantes de unidades de resgate e condutores de ambulâncias do SAMU. É um pré-requisito para cursos de ressuscitação avançados como ACLS, PALS e cursos de Instrutor de SBV.

O curso de SBV tem por finalidade promover o treinamento em RCP para provedores de saúde que presumimos que as habilidades aprendidas serão usadas, principalmente, em um contexto de atendimento de saúde, onde se prevê que o provedor realizará uma RCP. Além dos mais, espera-se que os provedores de saúde tornem se proficientes na técnicas e habilidades treinadas no curso.

RCP de alto desempenho
RCP de alto desempenho

O curso de Suporte Básico de Vida tem por objetivo básico e principal, melhorar as taxas de sobrevivência a uma morte súbita cardíaca, fortalecendo a cadeia de sobrevivência em todos os contextos de atendimento de saúde em cada comunidade. O curso possui objetivos de habilidades que necessitam ser exploradas e que o provedor seja capacitado e que sinta confiança em executá-las no final do curso. O provedor será capaz de reconhecer uma emergência, de ativar imediatamente o serviço de saúde, de realizar uma RCP de alta qualidade e de usar o DEA corretamente. Também é inserido nos objetivos propostos o reconhecimentos dos sinais e sintomas de uma emergência cardiovascular, o tratamento de uma OVACE, os métodos de redução da SMSL e a redução de lesões em crianças.

A morte súbita cardíaca MSC é a morte natural por causas cardíacas, prenunciada pela perda abrupta da consciência até uma hora após o início de alterações agudas do estado cardiovascular. O tempo e o modo de morte são inesperados. Nesta definição são incorporados os elementos chave:  NATURAL, RÁPIDO e INESPERADO. A parada cardíaca é caracterizada  pela perda abrupta da consciência causada por uma falta de fluxo sanguíneo cerebral adequado devido à falha da função da bomba cardíaca.

Como complementação ao curso de SBV temos a possibilidade, quando analisada pelo Instrutor, de acordo com sua liberdade acadêmica e devido a necessidade e exigência de personalizar seu programa a fim de atender seu público poderá ainda passar informações relevantes e cenários de habilidades práticas com os temas prevenção ao afogamento, prevenção aquática, salvamento aquático, atendimento ao afogado e administração de oxigênio durante a RCP.

Nos objetivos Cognitivos (conhecimentos teóricos) temos: Descrever os elos da cadeia de sobrevivência incluindo a importância de ativar o sistema de emergência apropriado, realizar RCP, usar dispositivo de barreira, fornecer ventilação com BVM, aplicar desfibrilação rápida, garantir a chegada dos cuidados avançados, quando iniciar a RCP, quando iniciar a respiração de resgate, como verificar a respiração normal e os sinais de circulação, quando e como usar um DEA, os sinais de OVACE e como tratar uma OVACE, descrever os sinais de 5 emergências importantes em adultos (ataque cardíaco, AVC, parada cardíaca, parada respiratória e OVACE) e por fim, descrever as estratégias para prevenir a SMSL e as lesões em crianças.

Nos objetivos psicomotores (habilidades) o participante será capaz de: Reconhecer uma emergência, ativar o sistema médico, proceder a respiração de resgate com dispositivo de barreira, fazer RCP com 1 e 2 provedores para adultos, crianças, lactentes e RN, usar um DEA e tratar uma OVACE.

O Instrutor de SBV por sua vez, deverá ser capaz de supervisionar e participar no treinamento de provedores demonstrando os critérios para as habilidades da RCP, do uso do DEA, do tratamento da OVACE e do uso de dispositivos de barreira. Os Instrutores cumprem a tarefa crucial de supervisionar todas as sessões de prática baseadas no método veja e pratique (com vídeo ou com modelo demonstrativo em tempo real) onde os cenários de casos são projetados para simular situações de emergência que os participantes podem encontrar na vida real, o que faz com que eles aprendam a realizar uma RCP em condições realistas.

Os cursos de SBV contém múltiplas inovações de ensino projetadas para maximizar a aquisição de habilidades pelos participantes: baixa relação manequins-participantes (3:1), utilização de vídeos, utilização de manequins com feedback de amplitude da compressão, retorno do tórax, velocidade da compressão e fração total do tempo de compressão que aumentam significativamente o prognóstico de sobrevida da vítima, tempo substancial para a prática das habilidades e a utilização de cenários e simulados como prática pedagógica e ferramenta para o instrutor modificar e melhorar sua metodologia com algum participante em específico com mais dificuldade.

Para as habilidades práticas temos uma linha de segmento:

• Avaliação inicial do paciente; Checagem da respiração e dos sinais de circulação;
• Posição de recuperação;
• Uso da face shild (adulto e pediatria – mostrar as diferenças);
• Uso da pocket-mask (técnica lateral, técnica cefálica, método C e E, método tenar);
• A pocket-mask é utilizada em adulto e pediatria respeitando tamanhos dos dispositivos e suas técnicas específicas;
• Uso da BVM sozinho com O2, sozinho sem O2 (+volume), em dupla com compressor;
• O uso da BVM também se respeita o tamanho da vítima com modelo do dispositivo;
• Prática das 5 técnicas de compressões torácicas com uso de metrônomo

Cenários de práticas para:

C.A.B (ADULTO – CRIANÇA E LACTENTE)

• Segurança do local/Abordagem/Resposividade/Aciona Resgate/Checa Pulso e Respiração ao mesmo tempo de 5 a 10 seg/ ou aciona o resgate após checar (ver filme)
• Avisa que é PCR/Pede DEA/ Inicia RCP
• C = INICIAR PELAS COMPRESSÕES TORÁCICAS
• A = ABRIR VIAS AÉREAS COM HIPEREXTENSÃO DE CABEÇA
• B = RESPIRAÇÕES DE RESGATE COM EXPANSÃO VISÍVEL DE TÓRAX
• Fazer a dinâmica do 30×2 provedor sozinho, usando cronômetro e metrônomo

SUPORTE VENTILATÓRIO – Parada Respiratória

• ADULTO: 1 RESPIRAÇÃO A CADA 5 a 6 SEG de 10 a 12 vezes por minuto (padronizando) = 1×5 e a cada 2’checa pulso
• CRIANÇA, LACTENTE E RN: 1 RESPIRAÇÃO A CADA 3 a 5 SEG de 12 a 20 vezes (padronizando) 1X3 e a cada 2’checa pulso
• RN: FC<100 = PR / FC<60 = PCR / O2 a 100% somente depois de 90seg em PCR EM RN O2 NÃO PASSAR DE 5 LPM

PARADA CÁRDIO-RESPIRATORIA (PCR)

• ADULTO COM 1 PROVEDOR – DUAS MÃOS – 5/6 CM 30 COMP PARA 2 RESP
• ADULTO COM 2 PROVEDORES – DUAS MÃOS – 5/6 CM 30 COMP PARA 2 RESP
• CRIANÇA COM 1 PROVEDOR – UMA MÃO – 5 CM 30 COMPRESSÕES PARA 2 RESP
• CRIANÇA COM 2 PROVEDORES – UMA MÃO – 5 CM 15 COMP PARA 2 RESP
• LACTENTE COM 1 PROVEDOR – DOIS DEDOS – 4 CM 30 COMP PARA 2 RESP
• LACTENTE COM 2 PROVEDORES – DOIS POLEGARES MÃOS CIRCUNDANDO O TÓRAX,     4 CM 15 COMP PARA 2 RESP

RN

• RN COM 1 PROVEDOR – DOIS DEDOS – 4 CM 3 COMP PARA 1 RESP
• RN COM 2 PROVEDORES – DOIS POLEGARES MÃOS CIRCUNDANDO O TÓRAX

4CM 3 COMP PARA 1 RESP 120 eventos por minuto

(os 120 eventos quer dizer que são 90 compressões para 30 respirações em 1 minuto) a cada dois minutos faz a troca do compressor. Para o RN o provedor deve administrar um ciclo completo de 3 compressões e uma ventilação a cada 2 segundos. (PALS 2014 pág454)

VARIÁVEIS

• DEVEMOS TROCAR O COMPRESSOR A CADA 2 MINUTOS
• A POSIÇÃO DAS MÃOS NAS COMPRESSÕES VARIAM, DUAS, UMA OU SEGURANDO O PULSO – ver vídeo clipe e pratique com seus alunos.
• RN COM ETIOLOGIA CARDÍACA CONHECIDA: 15X2 (PALS2014) / SEMPRE MANTER DE 40 A 60 RESP/MIN (>100BPM)

DEA

O DEA DEVE SER UTILIZADO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL EM QUALQUER SITUAÇÃO, ATÉ EM AFOGADOS EM PCR. SE O LOCAL NÃO POSSUI SAV A EQUIPE DE SBV DEVE FAZER RCP COM DEA NO LOCAL ATÉ 3 COMANDOS DE CHOQUES NÃO INDICADOS OU ATÉ 6 COMANDOS DE CHOQUE INDICADO SEM RCE CONDUZ MANTENDO AS COMPRESSÕES. A CADA 2 MINUTOS O APARELHO COMANDA PARE RCP, DAÍ RODA E TROCA O COMPRESSOR. COM O DEA NÃO SE CHECA PULSO E NÃO SE PARA ANTES DO APARELHO MANDAR QUE SERIAM OS 2 MINUTOS. APÓS INDICAÇÃO DE CHOQUE OU INDICAÇÃO DE NÃO CHOQUE, INICIE RCP IMEDIATAMENTE PELAS COMPRESSÕES.

AFOGADO

• CHAME O RESGATE 193 E 192
• ANTES DE TIRAR DA ÁGUA forneça se possível 5 A 10 respirações de resgate SE VOLTOU avalie e coloque na posição de recuperação LADO DIREITO
• SE NÃO VOLTOU coloque FORA DA ÁGUA e forneça 5 respirações de resgate AVALIE pulso e respiração ao mesmo tempo até 10 segundos e verifique se é uma PR ou PCR
• Se PCR e estiver sozinho 30×2 todos pacientes
• Se PCR e estiver em dupla ou equipe 15×2 todos os pacientes
• Forneça O2 logo que possível e conecte o DEA logo que disponível no tórax seco

Os requerimentos ao curso:

Espaço físico com boa acústica, boa iluminação, material de áudio vídeo em condições.

Folha de presença. Folha com pontos de discussão do vídeo (este poderá ser passado durante o curso presencial, em parte e a outra parte com os participantes fazendo as práticas junto, ou, ele todo antes de começar as habilidades práticas que poderão ser demonstradas pelo Instrutor de SBV devidamente qualificado e credenciado para tal execução padronizada. Equipamentos diversos que atendam o curso como tela de projeção, almofadas para os joelhos, manequim de RCP, DEA, dispositivos de barreiras, listas com programa e objetivos do curso, formulário de avaliação do curso, exame escrito com cartão resposta, folhas de desempenho de habilidades, válvula unidirecional para dispositivo boca-máscara, lenço facial, manual de SBV e demais materiais necessários.

Um aspecto fundamental do curso de SBV para provedores de saúde é a grande quantidade de treinamento prático e de exercícios feitos em grupos pequenos, tais grupos devem ser distribuídos de tal forma que a atividade de uma estação não perturbe os participantes de outra e que o instrutor acompanhe a estação, um por estação de manobras.

As avaliações de Habilidades:

Como uma média de 70% a 80% do tempo do curso deverá ser prático, ou seja, esse é o tempo em que o participante deverá estar praticando no curso, a avaliação de HABILIDADES INTEGRADAS permite que que várias manobras sejam integradas em uma única sequência a fim de facilitar o processo de avaliação, tornando-o mais rápido e eficiente. Por exemplo, o instrutor integra a RCP por 1 e 2 provedores com uso do DEA, integra o uso da BVM em dupla com cenário de PR, assim ele vai integrando técnicas e habilidades com 1 e 2 provedores juntando habilidades em sequência.

O curso de SBV necessita de exame escrito comentado onde o participante precisa receber um feedback o que completa o ciclo de aprendizagem. Antes de entregar a credencial de conclusão distribua o formulário de avaliação do curso, encerre e ofereça a educação continuada (quais cursos a partir desse ele poderá fazer futuramente como RCP de Alto Desempenho e Controle de Hemorragias). Atualmente para manter a uniformidade no planejamento e no manejo dos diversos programas oferecidos pelas agências, em conformidade com as recomendações ILCOR e diretrizes publicadas pela AHA, o comitê de ACE recomenda aos participantes que terminam um curso de SBV que façam uma renovação a cada 2 anos, é um intervalo que responde às exigências administrativas atuais.

As pesquisas ainda não identificaram um intervalo ótimo que garanta a preparação máxima para realizar RCP. Treinamentos são recomendados no intervalo menor de 2 anos. É difícil achar um equilíbrio entre o tempo da retenção da habilidade e sua deterioração, numerosas avaliações de programas para educação em adultos confirmam que as habilidades práticas começam a declinar após alguns meses. Como os objetivos da RCP são RCE e PPC se faz necessário também que haja bom senso dos provedores de saúde que estejam proficientes e capacitados nas habilidades práticas necessárias a cumprir estes objetivos e aumentar a chance de sobrevida das vítimas em PCR.

Exemplo de um FORMATO de um BLS presencial:

-O aluno assiste o filme oficial da agência de 1h, lê o guia em xerox “dicas da prova” e assiste uma aula teórica de 20 minutos e faz a prova A de 30 questões antes de começar as habilidades práticas, dessa forma, caso algum aluno não atinja 70% na prova teórica podemos aplicar outra no final do curso, que seria a prova B.

CONTEÚDO DA TEORIA PRESENCIAL (exemplo)

  • Estatística de Morte Súbita acesso pelo site http://www.cardiometro.com.br/
  • As 3 situações que usamos uma avaliação rápida de 5 a 10 segundos
  • As 5 grandes emergências que atendemos
  • Os 2 tipos de provedores e a RCP convencional 30×2 e a RCP só compressões
  • As 4 Cadeias de Sobrevivência
  • Diretriz de Tratamento por idade e últimas recomendações
  • A importância das Compressões Torácicas com acompanhamento de feedback
  • Uso do DEA e especificidades nos atendimentos
  • RCP de alto desempenho e o formato de time
  • Situações Especiais na RCP, Obstrução Respiratória
  • A sequência de atendimento da RCP, como vai funcionar a prática do BLS

Programação prática:

-Avaliação do paciente (CAB e ABC para RN/neonato e afogado)

-Posição de recuperação (normal e para afogado)

-Ventilação: Como usar a face shild para o boca a boca

-Ventilação: Como usar a pocket-mask (técnica lateral método CeE para provedor sozinho e técnica cefálica com método tenar e método CeE para provedor em dupla

-Como usar a BVM provedor sozinho com e sem O2 e provedor em dupla

-Como fazer as compressões (são 5 formas – 2 mãos, uma mão, uma mão e a outra segurando o pulso, 2 dedos e técnica dos 2 polegares mãos circundando o tórax) usando o metrônomo apenas na primeira etapa da aula de só compressão usando o QCPR Leaner

-Cronometrar os 5 segundos da ventilação (no 30 aciona, ventila 2x mão no peito, fecha, não pode passar dos 5 segundos)

-É muito importante o aluno saber fazer muito bem tanto as compressões como as ventilações

Provedor sozinho:

-Faz RCP completa 30×2 por 2x com QCPR Leaner com adulto, criança e bebê

-Faz RCP completa 30×2 por 2x com skilguide no adulto e bebê

-Faz RCP completa 30×2 por 2x com QCPR Leaner sem ver o tablet no adulto, criança e bebê

-Faz RCP completa 30×2 por 2x com skilguide no modo cego no adulto e bebê

-Provedor sozinho manter a fração de compressão >70%

-Fazer a desobstrução de bebê usando o QCPR Leaner

DUPLA

-RCP em dupla fazendo avaliação do paciente, todos os pacientes e usando pocket-mask

-Em dupla manter a fração de compressão >80% no feedback

-RCP em dupla com BVM e depois com o DEA (com pocket e depois com BVM)

TRIO E EQUIPE

-RCP em trio com BVM verificando a fração de compressão >90%

-RCP em trio com DEA e O2 todos os pacientes

-RCP time de 4 sendo 2 compressores

-Atendendo afogado -Parada respiratória adulto e pediatria -Obstrução respiratória

O instrutor precisa aplicar um simulado em time testando os alunos, fazendo perguntas para que possam responder na prática e em time.

O instrutor precisa aplicar a prova prática individual para que o aluno possa apresentar proficiência e dessa forma receber sua credencial de BLS.

Não deixe de me contactar em caso de dúvidas sobre seu curso de BLS www.suportebasicodevida.com.br